Mariana Rios estreou na ultima segunda como uma professora mineira em ‘Além do Horizonte’, nova novela das sete, e diz na entrevista a seguir que seu foco agora é apenas o trabalho. “Optei por não estar com ninguém. Fiquei muito tempo com uma pessoa que é muito importante para mim”, revela a atriz, referindo-se ao ex-namorado Di Ferrero, vocalista do NX Zero.
No papo, Mariana diz que quer distância de homens que gostam de aparecer às custas dela, explica por que escolheu Angelina Jolie como referência e conta que a vaidade que tem desde menina a ajudou a ter hoje uma imagem vendável na publicidade e ser uma das atrizes que mais aparecem em capas de revistas no Brasil.
Explica como vai ser sua personagem em ‘Além do Horizonte’?
A personagem se chama Celina e estou no céu com ela. É uma professora, uma menina de coração muito bom e que saiu de Minas Gerais para morar em Tapiré, uma cidade ribeirinha da Amazônia. Ela tem um segredo e foi isso que a levou para lá. Celina faz de tudo para levar o estudo para as crianças que são obrigadas a trabalhar na roça, colher açaí. Contraceno muito com o Marcello Novaes.
Ela vai se envolver com ele?
Não. Ele é o grande vilão. Celina começa a descobrir as falcatruas dele dentro da cidade, inclusive o motivo para algumas pessoas morrerem.
Como é para você entrar num projeto com dois autores estreantes no horário das 19h?
O Carlos Gregório, que é um dos autores, foi meu professor de História do Teatro. Ele é um cara genial e apresentava coisas incríveis para a gente. Quando fiquei sabendo que a novela era dele com o Marcos (Bernstein), que vem do cinema, topei. A trama tem poucos personagens e cada um tem uma função exata no seu papel. Não há personagens soltos, os diálogos são precisos, não tem cena jogada fora. Não tem enrolação na novela.
Como foi o convite?
Eu estava em Londres, tinha acabado de sair de férias. O Ricardo (Waddington, diretor de núcleo da Globo) me ligou para conversar, me falou da personagem e já contou um pouco da história da novela. Fiquei enlouquecida porque a personagem é diferente de tudo o que já fiz e é muito diferente de mim.
Mas, assim como você, a personagem é mineira. Como ficou o sotaque?
Tento neutralizar o sotaque. Na vida, eu sou muito mineira. Como a Celina é professora, ela fala tudo muito correto, é muito calma, pronuncia as palavras até o final.
Conversando comigo agora você pensa no sotaque? Você fica se policiando?
Não, não (risos). Me policio mais em cena, quando estou atuando.
‘Salve Jorge’ foi uma decepção?
De coração: não foi. Quando eu poderia imaginar que no meu terceiro trabalho na televisão já estaria fazendo uma novela das nove? Eu tinha pouco texto, a minha história foi aquela, mas o que pude pegar dessas pessoas com quem trabalhei e aproveitar, eu fiz. Eu já sabia que ‘Salve Jorge’ teria muitos personagens, não fui sem saber.
Mas no calor da hora, durante a novela, isso te decepcionou? Você esperava mais da personagem?
Não sei se você vai acreditar, mas eu procuro não criar muita expectativa em relação ao que faço na vida. Você conhece a minha história de vida, sabe dos meus desafios para chegar onde cheguei. Dou tudo o que posso num trabalho e se não acontecer como eu esperava, não tem problema. Nada para mim vira uma decepção, porque eu pude estar ali para fazer. Levo a vida assim porque é mais leve.
Quando você percebeu que a sua imagem é vendável?
Sempre fui muito vaidosa desde criança. Acho que eu gostar de me arrumar facilitou. E gosto de me programar. Vai ter festa da novela? Então, dias antes já quero saber o que vou vestir. Não deixo para o dia. Comecei a trabalhar muito por causa da Yasmin, de ‘Malhação’. Eu não esperava tudo aquilo no meu primeiro trabalho.
Você jogou muita roupa fora?
Não precisei jogar nada fora, fui conquistando outras coisas, comprando novas roupas, conhecendo alguns stylists. Acabei unindo o útil ao agradável.
Você tem algum ícone, alguma referência na moda?
Eu gosto muito do estilo da Angelina Jolie. Ela é uma grande atriz, uma mulher linda, está sempre muito bem arrumada e é engajada em projetos sociais. Não adianta andar de salto alto e fingir que o mundo não existe.
Você ganha muitos produtos?
Ganho. E adoro!
Você tem muitos contratos publicitários?
Tenho. Graças a Deus.
Tem alguma coisa que você comprou com o dinheiro do seu trabalho e se orgulha?
Acho que minha casa, porque, meu Deus do céu, não tem nada melhor do que a casa da gente. Saí de casa aos 17 anos e sempre dividi quarto. Hoje, é a maior felicidade ter a minha casa, com as minhas coisas.
Você economizou muito para isso?
Não sou consumista desenfreada, sempre soube até onde posso ir. Quando eu estava na ‘Malhação’, meu sonho era ter um carro, porque gosto de dirigir e não queria mais ir trabalhar de ônibus. Quando decidi comprar o apartamento, economizei muito para pagar tudo direitinho.
Faz o estilo pão-duro?
Não. Acho que dinheiro é para investir, ajudar a família, deixar as pessoas felizes, comprar as coisas que quer.
Qual é o seu principal defeito?
Sou ansiosa, mas estou melhorando isso. É um defeito, porque eu acabo querendo tudo para ontem. Por outro lado, a ansiedade me ajuda, porque ela pode virar uma insistência.
E qual é a qualidade?
Acho que é a persistência mesmo.
Você faz terapia?
Não. Já fiz por muitos anos.
E desistiu? Recebeu alta ou se deu alta?
Me dei alta, mas não devia ter feito isso. Fiquei adiando até que não fui mais.
A ansiedade vai também para os relacionamentos?
Hoje, não. Já fui. Estou em outro momento, com outro foco na vida. Para ser sincera, nesse momento optei por não estar com ninguém.
Mas você sai, é assediada… Você diz não o tempo todo?
Eu digo não. Fiquei muito tempo com uma pessoa que é muito importante para mim.
Você tem mais amigos homens?
Muito mais homens que mulheres. Quando minha mãe fazia minha festa de aniversário, eram 15 meninos e três meninas.
Você e o Diego (o músico Di Ferrero) se falam?
A gente nunca pensou em deixar de se falar, é muito bom conversar com ele. Se eu parar de falar, vou ficar triste.
Mas acabou tão bem assim?
Acabou bem. O sentimento que eu tenho pelo Diego é uma coisa de alma mesmo, não é um simples namorinho de portão.
Se é tão maravilhoso, por que motivo acabou?
Nesse momento não ia dar certo, mas o futuro a Deus pertence.
Quem tomou a decisão?
A gente conversou.
Não dá uma dor acabar a relação?
Mas isso acontece com todo mundo.
Fiquei em choque vendo você lutar muay thai. Você deu dez chutes sem parar e fazendo cara de paisagem.
Era a minha terceira aula. Estou pegando firme. Tentei malhar, tentei fazer pilates e gostei do muay thai. Nunca tinha feito exercício em toda a minha vida.
E aquele abdômen?
Sempre foi assim, Deus me abençoou (risos). De vez em quando, faço uma drenagem, uma massagem modeladora.
O que você usa no rosto? Botox, não, né?
Não! A gente tem que ter a cara da gente, não uma coisa artificial. Sou a favor de cremes e uso protetor solar fator cem no corpo e no rosto. Não tenho marca de biquíni.
Outro dia, vi você no ‘Vídeo Show’ mais nova e mais gordinha.
Eu não era gordinha, eu era bochechuda. Eu devia ter 22 anos. Emagreci quando estava na ‘Malhação’. Perdi uns cinco quilos só de bochecha (risos).
Ficar mais magra te deixa mais chique?
Com certeza (risos). Mas eu como muito, estava comendo agora um camarão na moranga. Almoço, tomo lanche da tarde e janto todos os dias.
Qual é o seu tipo de homem?
Não tenho tipo, não. O homem tem que ser o mais reservado possível. Ninguém merece homem que gosta de aparecer.
Mas não precisa ser bonito? Pode ter uma pança gigantesca, então?
Ah, não! Deus me livre, pança, não!
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